INTERNACIONAL





A

A

De onde vem dinheiro para a grandeza da China?

    Pequim criou moeda do nada. O Ocidente o fez também, após a crise de 2008. Com uma diferença essencial: na China, recursos serviram a transformação radical da indústria, serviços públicos e infraestrutura. Ninguém alimentou os rentistas…

Por Ellen Brown, no ScheerPost | Tradução: Antonio Martins

A China passou de um dos países mais pobres do mundo a uma potência econômica global em apenas quatro décadas. Produziu há alguns meses o DeepSeek, a inteligência artificial gratuita e de código aberto desenvolvida por um grupo inovador, e que desafia a bolha super rica da IA dos EUA.


Ainda mais impressionante, porém, é a infraestrutura que a China construiu, incluindo 41,8 mil quilômetros de ferrovias de alta velocidade, a maior usina hidrelétrica do mundo, a ponte marítima mais longa do planeta, 161 mil quilômetros de rodovias expressas, o primeiro trem comercial de levitação magnética do mundo, a maior rede de metrô do globo, sete dos dez portos mais movimentados do mundo, e uma geração de energia solar e eólica que corresponde a mais de 35% da capacidade global de energia renovável. No topo da lista estão as Novas Rotas da Seda (“Iniciativa Cinturão e Estrada), um programa de desenvolvimento de infraestrutura que envolve 140 países, por meio do qual a China investe em portos, ferrovias, rodovias e projetos energéticos em todo o mundo.

Tudo isso exige dinheiro. De onde ele veio? Muitas fontes de financiamento são citadas nas referências convencionais, mas a que vou explorar aqui é uma forma raramente mencionada de flexibilização quantitativa – ou “quantitative easing”. O Banco Central simplesmente “imprime o dinheiro”. (É o termo frequentemente usado, ainda que as impressoras já não estejam envolvidas no dinheiro digital).

De 1996 a 2024, o volume disponível de moeda nacional chinesa aumentou em um fator superior a 53, ou 5.300%. Passou de de 5,84 bilhões para 314 bilhões de yuanes chineses (CNY) [ver gráficos abaixo]. Como isso aconteceu? Os exportadores levaram as moedas estrangeiras (principalmente dólares americanos) recebidas por seus produtos aos bancos locais e as trocaram pelos yuanes necessários para pagar funcionários e fornecedores. O banco central — Banco do Povo da China (PBOC, em inglês) — emitiu yuanes e os trocou pelas moedas estrangeiras, mantendo essas divisas como reservas, o que efetivamente dobrou a receita nacional de exportação.

O site Investopedia confirma essa política, afirmando que:

“Uma das principais tarefas do banco central chinês, o PBOC, é absorver as grandes entrdas de capital estrangeiro provenientes do superávit comercial da China. O PBOC compra moeda estrangeira dos exportadores e emite essa moeda em yuan local.”


Curiosamente, essa enorme explosão de 5.300% no volume de yuanes não desencadeou inflação descontrolada. Na verdade, a taxa de inflação ao consumidor da China, que chegou a 24% em 1994, estabilizou-se depois disso e manteve uma média de 2,5% ao ano entre 1996 e 2023.

https://www.macrotrends.net/global-metrics/countries/CHN/china/inflation-rate-cpi?form=MG0AV3


Como isso foi alcançado? Assim como nos EUA, o banco central realiza “operações de mercado aberto” (venda de títulos federais no mercado aberto, retirando excesso de liquidez). Ele também impõe controles de preços em certos produtos essenciais. Segundo um relatório da Nasdaq, a China implementou controles de preços em minério de ferro, cobre, milho, grãos, carne, ovos e vegetais, como parte de seu 14º plano quinquenal (2021-2025), para garantir segurança alimentar à população. Porém, o fator particularmente importante para manter a estabilidade de preços é que o dinheiro foi direcionado para indústria e infraestrutura. O PIB (oferta) cresceu junto com a demanda (dinheiro), mantendo os preços estáveis. [Ver gráficos abaixo.]

https://tradingeconomics.com/united-states/money-supply-m2Gross%20Domestic%20Product%20for%20China%20(MKTGDPCNA646NWDB)%20|%20FRED%20|%20St.%20Louis%20Fed
https://fred.stlouisfed.org/series/MKTGDPCNA646NWDB
https://fred.stlouisfed.org/series/MKTGDPCNA646NWDB

Os EUA também enfrentam graves problemas de financiamento, e já recorremos à flexibilização quantitativa (QE) no passado. Será que nosso banco central também poderia emitir os dólares de que precisamos sem desencadear o temido flagelo da hiperinflação? Este artigo defenderá que sim. Mas primeiro, um pouco da história econômica chinesa.


A China começou a livrar-se da pobreza em 1978, quando Deng Xiaoping introduziu reformas voltadas para o mercado. Os agricultores foram autorizados a vender seus excedentes de produção livremente, as portas foram abertas a investidores estrangeiros e incentivou-se o crescimento de empresas privadas e estrangeiras. Na década de 1990, a China havia se tornado uma grande exportadora de produtos manufaturados de baixo custo. Os principais fatores incluíram mão de obra barata, desenvolvimento de infraestrutura e a adesão à Organização Mundial do Comércio em 2001.

A mão de obra chinesa é mais barata do que a dos EUA, em grande parte porque o governo financia ou subsidia necessidades sociais, reduzindo os custos operacionais das empresas chinesas e aumentando a produtividade dos trabalhadores. O governo investe pesadamente em infraestrutura de transporte público, incluindo metrôs, ônibus e trens de alta velocidade, tornando-os acessíveis para os trabalhadores e diminuindo os custos de escoamento da produção das indústrias.

O Estado financia programas de educação e formação profissional, garantindo um fluxo constante de trabalhadores qualificados. As escolas técnicas e universidades públicas formam milhões de graduados anualmente. Programas de habitação acessível são oferecidos aos trabalhadores, especialmente em áreas urbanas. O sistema público de saúde, embora não seja gratuito, é altamente subsidiado pelo governo. E um sistema público de previdência reduz a necessidade de as empresas oferecerem planos privados de aposentadoria. O governo chinês também fornece subsídios diretos e incentivos a indústrias-chave, como tecnologia, energia renovável e manufatura.


Após o ingresso na OMC, as exportações da China cresceram rapidamente, gerando grandes superávits comerciais e um influxo de moeda estrangeira, permitindo ao país acumular reservas cambiais enormes. Em 2010, a China superou os EUA como maior exportador mundial. Na década seguinte, voltou seu foco para indústrias de alta tecnologia, e em 2013 foram lançadas as Novas Rotas da Seda. O governo direcionou recursos por meio de bancos e empresas estatais, com ênfase em infraestrutura e desenvolvimento industrial.


Financiando o Crescimento Exponencial

Nos estágios iniciais da reforma, o investimento estrangeiro foi uma fonte fundamental de capital. Os ganhos com exportações geraram reservas cambiais significativas. A alta taxa de poupança da China proporcionou um grande volume de liquidez para investimentos, e o consumo doméstico cresceu. A descentralização do sistema bancário também foi crucial. Segundo uma palestra do professor britânico Richard Werner:


Deng Xiaoping começou com um único banco. Ele percebeu rapidamente: “Esqueça isso – teremos muitos bancos”. Criou pequenos bancos, bancos comunitários, caixas econômicas, cooperativas de crédito, bancos regionais, bancos provinciais. Agora, a China tem 4.500 bancos. Esse é o segredo do sucesso. É isso que devemos almejar. Assim, poderemos ter prosperidade para o mundo inteiro. Os países em desenvolvimento não precisam de dinheiro estrangeiro. Eles só precisam de bancos comunitários apoiando [as empresas locais] para que tenham o dinheiro necessário para adquirir a tecnologia mais recente


A China conseguiu evitar os piores impactos da Crise Financeira Asiática de 1997. O país não desvalorizou sua moeda; manteve controle rigoroso sobre os fluxos de capital, e o PBOC atuou como emprestador de última instância, fornecendo liquidez.

Nos anos 1990, porém, seus quatro principais bancos estatais sofreram perdas massivas, com empréstimos inadimplentes totalizando mais de 20% de seus ativos. Tecnicamente, os bancos estavam falidos, mas o governo não os deixou quebrar. Os empréstimos problemáticos foram transferidos para os balanços patrimoniais de quatro grandes companhias de gestão de ativos (“bancos de ativos tóxicos”), e o Banco do Povo da China injetou novo capital nos “bancos saudáveis”.

Em artigo de janeiro de 2024 intitulado “A Economia Chinesa Precisa de uma Rodada de Flexibilização Quantitativa”, o professor Li Wei, diretor do Centro de Economia Chinesa e Desenvolvimento Sustentável, escreveu sobre essa política: “O banco central interveio diretamente na economia criando moeda. Sob essa perspectiva, o financiamento não convencional nada mais é do que uma flexibilização quantitativa (‘quantitative easing’) à moda chinesa.”

Em um artigo de agosto de 2024 intitulado “O Dilema dos 100 Bilhões de Yuans da China: Compra Rara de Títulos do Governo Altera Rumo Político?”, Sylvia Ma escreveu sobre as incursões da China no terreno da flexibilização quantitativa (QE):


A compra de títulos governamentais no mercado secundário é permitida pela lei chinesa, mas o banco central tem proibição de subscrever títulos emitidos diretamente pelo ministério das finanças. [Nota: isso também vale para o Fed dos EUA.] Essas compras de traders foram testadas em pequena escala há 20 anos.

Contudo, a autoridade monetária recorreu principalmente à emissão monetária equivalente ao crescimento das reservas cambiais a partir de 2001, quando o país registrou forte aumento no superávit comercial após sua adesão à Organização Mundial do Comércio.

Essa é a política velada de emitir yuans e trocar essa moeda nacional pelas divisas (principalmente dólares americanos) recebidas dos exportadores.

O que o PBOC faz com esses dólares? Mantém uma parcela significativa como reservas cambiais, para estabilizar o yuan e gerenciar flutuações cambiais; investe em títulos do Tesouro americano e outros ativos em dólar para obter retorno; e utiliza dólares para facilitar acordos comerciais internacionais, muitos dos quais são liquidados em dólares.

O PBOC também injeta capital periodicamente nos três “bancos de fomento” por meio dos quais o governo federal implementa seus planos quinquenais. São eles o Banco de Desenvolvimento da China, o Banco de Exportação e Importação da China e o Banco de Desenvolvimento Agrícola da China, que fornecem empréstimos e financiamento para infraestrutura doméstica e serviços, além das Novas Rotas da Seda.

Um artigo da Bloomberg de janeiro de 2024 intitulado “China Injeta US$ 50 Bi em Bancos de Fomento para Impulsionar Financiamento” observa que esses bancos “são guiados por prioridades governamentais mais que por lucros”, e que alguns economistas chamaram as injeções do PBOC de “dinheiro jogado de helicóptero” ou “flexibilização quantitativa à chinesa”.

O Prof. Li argumenta que, dada a atual insolvência de grandes incorporadoras imobiliárias e o aumento da dívida governamental local, a China deveria adotar agora essa forma explícita de QE. Outros comentaristas concordam, e o governo parece estar seguindo nessa direção. O Prof. Li escreve:

“a flexibilização quantitativa pode gerar rápida e ilimitadamente liquidez suficiente para resolver questões de dívida e injetar confiança no mercado…”

“Como o banco central é a única instituição na China com poder de criar moeda, tem a capacidade de criar um ambiente estável para o crescimento econômico.”


Financiar 80% dos investimenos por emissão monetária pode parecer radical, mas a política macroeconômica chinesa é determinada por planos quinquenais desenhados para servir ao público e à economia, e os bancos de fomento que financiam esses planos são de propriedade pública. Isso significa que os lucros retornam aos cofres públicos, evitando o tipo de financeirização privada e exploração especulativa que ocorreu quando o Fed americano usou QE para resgatar bancos após a crise financeira de 2007-08.


Ocidente também poderia usar a QE –e bancos de gomento públicos

Não há nenhuma lei que proíba governos ou seus bancos centrais de simplesmente emitir moeda nacional sem antes tomá-la emprestada. O Federal Reserve (banco central) dos EUA já fez isso, o Tesouro de Abraham Lincoln fez isso, e provavelmente é a única saída para nossa atual crise da dívida federal. Como observa o Prof. Li, podemos fazê-lo “sem limites”, desde que não desencadeie inflação.

O comentarista financeiro Alex Krainer observa que a dívida total dos EUA, pública e privada, ultrapassa US$ 101 trilhões. Mas a base monetária — as reservas disponíveis para pagar essa dívida — é de apenas US$ 5,6 trilhões. Isso significa que a dívida é 18 vezes maior que a base monetária. A economia norte-americana tem muito menos dólares do que precisamos para estabilidade econômica.

O déficit de dólares pode ser preenchido sem dívida e sem juros pelo Tesouro dos EUA, simplesmente imprimindo dólares como o Tesouro de Abrahan Lincoln fez (ou emitindo-os digitalmente). […] Se os dólares recém-emitidos forem usados para fins produtivos, a oferta aumentará junto com a demanda, e os preços devem permanecer estáveis.

Observe que mesmo serviços sociais, que não geram receita diretamente, podem ser considerados “produtivos” por sustentarem o “capital humano” necessário à produção. Os trabalhadores precisam estar saudáveis e formados para produzir de forma eficiente, e o Estado precisa subsidiar os custos sociais correspondentes.

É preciso impor muitos parâmetros para limitar a capacidade do Congresso de gastar “sem limites”, respaldado por um Tesouro ou Fed complacentes. Uma necessidade imediata é transparência total nas despesas orçamentárias. O Pentágono, por exemplo, gasta quase US$ 1 trilhão do dinheiro dos contribuintes anualmente e nunca passou por uma auditoria isenta, como exige a lei.

Por que precisamos de Bancos de Infraestrutura

Os EUA são um dos poucos países desenvolvidos sem um banco de infraestrutura. Ironicamente, foi Alexander Hamilton, o primeiro secretário do Tesouro americano, que desenvolveu o modelo. A conquista da independência frente à Grã-Bretanha deixou o jovem país com o que parecia ser uma dívida impagável. Hamilton trocou a dívida e uma porcentagem de ouro por ações sem direito a voto no First U.S. Bank, que pagavam um dividendo de 6%. Esse capital foi então alavancado várias vezes em crédito para ser usado especificamente em infraestrutura e desenvolvimento. Baseado no mesmo modelo, o Second U.S. Bank financiou a vibrante atividade econômica das primeiras décadas dos Estados Unidos.

Na década de 1930, o governo do presidente Franklin Roosevelt tirou o país da Grande Depressão ao transformar uma agência federal chamada Reconstruction Finance Corporation (Corporaçãopara Financiamento da Reconstrução, RFC) em uma máquina de empréstimos para desenvolvimento seguindo o modelo hamiltoniano. Criada durante o governo Hoover, a RFC não era tecnicamente um banco de infraestrutura, mas funcionava como tal. Assim como o Banco de Desenvolvimento da China, ela obtinha liquidez emitindo títulos.

O principal comprador dos títulos da RFC era o governo federal, o que aumentou a dívida pública. Mas a relação dívida/PIB se equilibrou nas quatro décadas seguintes, graças ao aumento dramático na produtividade gerado pelo financiamento do New Deal e da Segunda Guerra Mundial pela RFC. O mesmo ocorreu com a dívida federal após a Revolução Americana e a Guerra Civil.


[…]

Crescer para livrar-se da dívida

Em vez de tentar sabotar outros países com sanções e tarifas, os EUA poderiam prosperar acionando os motores da produção. É possível alcançar muito mais através da cooperação do que por meio de guerra econômica. O DeepSeek deu o tom com seu modelo aberto e gratuito. Ao invés de ser um segredo fortemente guardado, seu código-fonte está disponível para ser compartilhado e aprimorado por empreendedores em todo o mundo.

Outros países poderiam realizar seu próprio milagre econômico, financiado por moeda recém-emitida, respaldada pela plena confiança e crédito do Estado e do povo. Ao contrário da crença popular, a “plena confiança e crédito” é uma garantia valiosa, algo que o Bitcoin e o ouro não possuem. Isso significa que a moeda será aceita em todos os lugares – não apenas no banco ou na casa de câmbio, mas no mercado e no posto de gasolina.

Se os governos direcionarem moeda recém-criada para novos bens e serviços, a oferta crescerá junto com a demanda e o dinheiro manterá seu valor. O Estado pode emitir, pagar trabalhadores e materiais, e produzir seu caminho rumo a um renascimento econômico.

A

A

OUTRAS PALAVRAS

Portal Membro desde 13/12/2024

Segmento: Notícias

Premiações: 

 


 

A

A

    

Brasil e Japão assinam acordo de cooperação de inclusão digital, tecnologia da informação e comunicação

Brasil61

Ministério das Comunicações assina acordo de inclusão digital e tecnologias da informação e comunicação com governo do Japão O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, assinou nesta terça-feira, em Tóquio, no Japão, um Memorando de Cooperação nas áreas de Tecnologias da Informação e Comunicação e inclusão digital com o ministro de Assuntos Internos e Comunicações do Japão, Murakami Seiichiro.

ministro das Comunicações, Juscelino Filho, assinou nesta terça-feira (25), em Tóquio, um Memorando de Cooperação (MoC) nas áreas de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e inclusão digital com o ministro de Assuntos Internos e Comunicações do Japão, Murakami Seiichiro. A parceria estabelecida no memorando tem o objetivo de fortalecer ainda mais a cooperação existente entre os dois países. Além disso, busca incentivar e promover a colaboração bilateral em áreas como inclusão digital, tecnologias de transmissão de última geração em TICs, serviços postais e outros temas relacionados à economia digital.

“Essa parceria será fundamental na área de Tecnologia da Informação e Comunicação, e impulsionará a inovação, a inclusão digital e o desenvolvimento sustentável no Brasil. Com essa colaboração, avançamos na modernização de setores essenciais, como telecomunicações, serviços postais e economia digital, promovendo intercâmbio de conhecimento e oportunidades para ambos os países”, disse o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

O acordo prevê ainda a facilitação mútua de visitas de funcionários, pesquisadores e equipes envolvidas nos temas abordados, bem como a organização de reuniões, conferências, simpósios, cursos, workshops e exposições. Também está prevista a troca de informações e experiências em diversas áreas das TICs.

Além disso, para implementar o MoC, será criado o Diálogo Brasil-Japão sobre Economia Digital. Os dois países compartilharão ideias e identificarão áreas prioritárias de cooperação, incluindo sustentabilidade digital e redução do impacto ambiental das TICs. O diálogo também abordará inovações tecnológicas. Para coordenar o projeto, ambos os países designarão um representante que atuará como ponto focal de comunicação.

A assinatura do memorando de cooperação técnica faz parte da agenda do presidente Lula no Japão. O ministro Juscelino Filho integra a comitiva presidencial, que chegou à cidade na última segunda-feira para dar início à visita oficial em celebração aos 130 anos de amizade entre os dois países.

ÁREAS DE COOPERAÇÃO

Este MoC estabelece áreas prioritárias de cooperação, incluindo regulamentações no setor de TICs, radiodifusão, serviços postais, uso de tecnologias digitais na gestão de desastres naturais, fibra óptica, data centers, OpenRAN, Internet das Coisas (IoT), entre outras de interesse mútuo.

Fonte: MCom


A

A

BRASIL 61

Portal Membro desde 03/09/2021

Segmento: Notícias

Premiações: 

 




A

A

    

Ucrânia compromete defesas aéreas russas e gera prejuízo bilionário com ataques certeiros

Com ataques estratégicos, a Ucrânia mira em reduzir a capacidade defensiva aérea russa, visando uma vantagem aérea sustentável

Em uma operação significativa, a Ucrânia conseguiu neutralizar cinco sistemas de defesa aérea russos avaliados na totalidade em cerca de US$ 350 milhões (R$ 2,1 bilhões), marcando um duro golpe para as Forças Armadas da Rússia já exauridas pelo conflito que se aproxima da marca de três anos. As informações são da revista Newsweek.

Segundo fontes militares ucranianas e um repórter de guerra, as perdas russas incluíram dois sistemas antiaéreos Pantsir-S1 e um sistema OSA, além de dois sistemas S-300. Estes sistemas são vitais para a estratégia defensiva russa, protegendo ativos estratégicos como a ponte de Kerch, que conecta a Rússia à Crimeia ocupada.

O sistema Pantsir-S1, utilizado extensivamente desde o início da invasão em grande escala da Ucrânia pelas tropas de Vladimir Putin, é projetado para combater aeronaves, mísseis de cruzeiro e munições guiadas. Cada unidade tem um valor estimado entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões. Por outro lado, os sistemas S-300, responsáveis pela defesa contra ameaças aéreas de maior alcance, estão avaliados em US$ 150 milhões.

Nesta segunda-feira (6), a Marinha ucraniana afirmou que destruiu dois sistemas Pantsir-S1 e um sistema OSA em apenas um dia. O Ministério da Defesa da Ucrânia confirmou separadamente a destruição de um dos sistemas Pantsir-S1 na região de Kherson, compartilhando um vídeo de 12 segundos que mostra um drone aproximando-se do alvo.

Andriy Tsaplienko, um repórter de guerra ucraniano, noticiou que dois sistemas S-300 foram destruídos nas últimas 24 horas na área de responsabilidade das Forças de Defesa do Sul. Estes relatos destacam a eficácia das operações ucranianas contra a infraestrutura militar russa.

“Três sistemas de defesa aérea russos foram destruídos (danificados) pelas forças e meios das Forças Navais das Forças Armadas da Ucrânia. As Forças Navais das Forças Armadas da Ucrânia, juntamente com unidades de outros componentes das Forças de Defesa Ucranianas, continuam a destruir o inimigo em terra, no mar e no ar”, disse a Marinha de Kiev.

O Ministério da Defesa da Ucrânia também comentou na plataforma X, antigo Twitter): “Mais um ‘sem-análogo’ sucata. Drones ucranianos destruíram um sistema de defesa aérea Pantsir-S1 na região de Kherson.”

Conforme o conflito avança para seu quarto ano, a Ucrânia mantém o foco em ativos militares valiosos da Rússia, numa tentativa de ganhar a iniciativa. Analistas do Instituto para o Estudo da Guerra, um think tank dos EUA, avaliaram que a campanha ucraniana visa degradar as defesas aéreas russas, o que, se bem-sucedido, “poderia permitir que a Ucrânia utilizasse mais eficazmente a força aérea de asa fixa tripulada a longo prazo.”

A

A

A REFERÊNCIA

Portal Membro desde 23/12/2021

Segmento: Notícias

Premiações: Prêmio Portal do Ano 2023

 




A

A

    

Aumento de doenças respiratórias na China gera alerta também em outros países

Influenza e mais vírus respiratórios, como o HMPV, marcam presença mais forte entre as crianças chinesas e já cruzam a fronteira

China enfrenta um novo desafio de saúde pública com o aumento das doenças respiratórias, incluindo casos de vírus como influenza, VSR (vírus sincicial respiratório) e HMPV, principalmente entre crianças. As informações são do site Mint.

Autoridades de controle de doenças da China relataram, em 27 de dezembro, um aumento significativo de patologias respiratórias na semana até 22 de dezembro. Entre os vírus identificados, o HMPV tem mostrado uma tendência ascendente entre os jovens com menos de 14 anos, especialmente nas províncias do norte.

Esse aumento é considerado uma consequência natural do inverno e da primavera, períodos típicos para o surgimento dessas infecções. No entanto, apesar do aumento, o total de casos esperados para este ano é menor que o do anterior, quando houve um pico similar em novembro de 2023, após o levantamento das restrições de Covid-19.

O HMPV, membro da família Pneumoviridae, pode causar doenças respiratórias graves, como bronquite e pneumonia, e é particularmente perigoso para crianças, idosos e pessoas com sistemas imunológicos comprometidos. Os sintomas incluem tosse, febre, nariz bloqueado e falta de ar, segundo especialistas em saúde.

A preocupação aumentou após a divulgação de um vídeo nas redes sociais na Índia, mostrando um hospital chinês superlotado com pessoas usando máscaras, embora não exista terapia antiviral específica para o HMPV, diferentemente do Covid-19.

Em resposta, o Ministério da Saúde da Índia convocou uma reunião com especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras agências médicas. O HMPV já circula na Índia e globalmente, segundo a pasta, que acrescentou que as medidas preventivas, como o aumento dos testes para o vírus, serão intensificadas.

Globalmente, a OMS ainda não comentou especificamente sobre a situação na China ou o vírus em si. Enquanto isso, na Indonésia, as autoridades de saúde recomendaram medidas preventivas, como o uso de máscaras, mesmo sem relatos de casos de HMPV no país.

No Reino Unido, um relatório de vigilância nacional da gripe e Covid-19 de 3 de janeiro apontou um leve aumento nos casos de HMPV, para 4,5%, durante a semana de 23 a 29 de dezembro. Isso sinaliza que o problema não está restrito à China.

A

A

A REFERÊNCIA

Portal Membro desde 23/12/2021

Segmento: Notícias

Premiações: Prêmio Portal do Ano 2023

 




A

A

    


Líder da oposição venezuelana pede apoio militar e aumenta pressão internacional contra Maduro

Edmundo Gonzalez Urrutia fala em assumir o governo e mantém alegação de que a vitória do rival na eleição presidencial foi fraudada

O líder da oposição venezuelana, Edmundo Gonzalez Urrutia, intensificou sua campanha contra o presidente Nicolás Maduro ao pedir no domingo (5) que as Forças Armadas reconheçam sua liderança como comandante-chefe da Venezuela. A declaração ocorre em meio a uma viagem internacional destinada a mobilizar apoio global para sua causa e a poucos dias da posse presidencial marcada para 10 de janeiro. As informações são da France24.

Gonzalez Urrutia, reconhecido como presidente eleito por nações como Estados Unidos, Itália e diversos países da América Latina, busca consolidar sua posição contra Maduro, que foi declarado vencedor oficial das eleições de 28 de julho.

Após ser alvo de um mandado de prisão e deixar a Venezuela, Gonzalez Urrutia se exilou na Espanha em setembro. Agora, em uma turnê internacional, já passou por Buenos Aires e Montevidéu antes de seguir para Washington, onde espera se reunir nesta segunda-feira (6) com o presidente norte-americano, Joe Biden.

Uma fonte familiarizada com os planos confirmou a expectativa do encontro, mas a reunião não estava na agenda pública de Biden divulgada no domingo. Além disso, uma forte tempestade de inverno em Washington pode interferir nos planos do líder opositor.

Em um vídeo publicado no X, antigo Twitter, Gonzalez Urrutia reafirmou sua disposição de voltar à Venezuela para assumir a presidência. “No dia 10 de janeiro, pela vontade soberana do povo venezuelano, devo assumir o papel de comandante-chefe”, disse. Ele também dirigiu um apelo às forças armadas: “Muitos de vocês já expressaram o desejo de mudança junto ao povo venezuelano, demonstrando isso ao votar contra uma liderança que não oferece estabilidade ou perspectiva de futuro para o país”.

Contestação dos resultados eleitorais

Embora as autoridades eleitorais tenham anunciado a vitória de Maduro pouco após a votação, os detalhes dos resultados ainda não foram divulgados. Em contrapartida, a oposição apresenta pesquisas que indicam uma ampla vantagem de Gonzalez Urrutia, o que acirrou as tensões no país.

Desde o anúncio da vitória de Maduro, a Venezuela tem enfrentado uma onda de protestos em larga escala. A repressão aos manifestantes resultou em pelo menos 28 mortes e mais de 2.000 prisões, segundo organizações de direitos humanos.

Manifestações

Em paralelo aos esforços de Gonzalez Urrutia, Maria Corina Machado, outra figura de destaque na oposição, convocou manifestações em massa para o dia 9 de janeiro, véspera da posse presidencial. Em um vídeo também publicado no X, Machado declarou: “Esse dia será lembrado como o momento em que a Venezuela disse: chega!”.

Ela conclamou os venezuelanos a ocuparem as ruas dentro e fora do país: “A liberdade não se implora, ela se conquista. Neste 9 de janeiro, TODOS nas ruas, na Venezuela e ao redor do mundo”.

A

A

A REFERÊNCIA

Portal Membro desde 23/12/2021

Segmento: Notícias

Premiações: Prêmio Portal do Ano 2023

 




A

A

    

Dano a cabo submarino em Taiwan levanta suspeitas de ação chinesa

Apesar da ocorrência, empresa alega que as operações domésticas de telecomunicações seguem inalteradas graças ao sistema alternativo

Um cabo submarino na costa nordeste de Taiwan foi severamente danificado, e as autoridades locais identificaram o navio de carga camaronês Shunxin-39 como o principal suspeito. O incidente, ocorrido próximo à cidade de Nova Taipé, levantou preocupações sobre a vulnerabilidade das infraestruturas submarinas globais e possíveis ações de sabotagem marítima. As informações são da ABC News.

De acordo com a Guarda Costeira da ilha, o dano foi detectado após um alerta emitido pela Chunghwa Telecom às 12h40 (horário local) de sexta-feira (3). Quatro núcleos do cabo localizado próximo a Yehliu apresentaram danos significativos. Apesar disso, a empresa de telecomunicações garantiu que as operações domésticas seguiram inalteradas devido a sistemas de backup.

Às 16h40 do mesmo dia, o Shunxin-39 foi localizado a sete milhas náuticas ao norte de Yehliu. A embarcação foi instruída a retornar às águas fora do Porto de Keelung para uma investigação mais detalhada. No entanto, devido às condições climáticas adversas, os investigadores não conseguiram embarcar no navio, limitando-se à coleta inicial de evidências.

Embora registrado em Camarões, as autoridades taiwanesas acreditam que o navio esteja ligado a uma entidade com sede em Hong Kong, possivelmente associada à China continental. A hipótese reforça a narrativa de que a China utiliza “táticas de zona cinzenta” para pressionar Taiwan, segundo Ho Cheng-hui, diretor-executivo da organização de defesa civil Kuma Academy.

“Este incidente não é isolado. Ele faz parte de uma estratégia mais ampla da China para testar os limites da tolerância internacional”, afirmou Ho ao Taipei Times.

Até o momento, o governo chinês não comentou as alegações, e o Ministério das Relações Exteriores do país permanece em silêncio. O caso foi encaminhado ao Ministério Público Distrital, que investigará as responsabilidades criminais e buscará compensação pelos danos.

Infraestrutura submarina na mira

Este não é um caso único. Ataques e danos a cabos e oleodutos submarinos têm se tornado um problema crescente em várias partes do mundo, destacando a vulnerabilidade dessas estruturas críticas.

Em novembro de 2024, dois cabos de fibra ótica foram cortados no Mar Báltico, com o graneleiro chinês Yi Peng 3 figurando como suspeito. Um mês depois, a Finlândia iniciou investigações de sabotagem relacionadas ao cabo de energia Estlink 2 e outras quatro linhas de telecomunicações. A suspeita recaiu sobre o petroleiro Eagle S, associado à chamada “frota sombra” da Rússia.

Apesar das investigações em curso, poucos suspeitos foram formalmente acusados, aumentando a pressão por respostas mais concretas e ações preventivas. A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em resposta às ameaças na região do Báltico, prometeu intensificar sua presença e monitoramento na área.

Taiwan reforça defesas

Diante desse cenário, Taiwan anunciou medidas para proteger sua infraestrutura de comunicações contra novas ameaças. Uma das estratégias inclui o lançamento de satélites em órbita baixa e média, visando reduzir a dependência de cabos submarinos.

“Estamos comprometidos em proteger nossa infraestrutura crítica e responsabilizar aqueles que representarem ameaças”, declarou a Guarda Costeira taiwanesa em comunicado oficial.

A

A

A REFERÊNCIA

Portal Membro desde 23/12/2021

Segmento: Notícias

Premiações: Prêmio Portal do Ano 2023

 




A

A

    

Tentativa de ataque ao premiê belga acende alerta sobre violência contra líderes globais

Homem com uma faca tentou invadir a residência oficial de Alexander De Croo antes de ser detido pelas autoridades de Bruxelas

Nesta segunda-feira (6), o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, foi alvo de uma tentativa de ataque em sua residência oficial. De acordo com a Belga News Agency, um homem comuma faca tentou invadir o local antes de ser detido pelas autoridades. O incidente ocorre em um cenário de crescente violência contra líderes políticos ao redor do mundo, intensificando debates sobre segurança e agitação sociopolítica global. As informações são da Newsweek.

O ataque aconteceu por volta das 10h da manhã, horário local. Segundo a polícia de Bruxelas, o suspeito estava “supostamente armado com uma faca e fez ameaças aos militares presentes” antes de ser contido. A ação foi descrita como rápida e eficiente, e nenhuma pessoa ficou ferida.

“Dominamos o homem enquanto aguardávamos a chegada de nossa zona policial, que é responsável por uma investigação mais aprofundada”, informou a polícia em comunicado. Até o momento, os motivos do agressor não foram esclarecidos.

De Croo, que ocupa o cargo de primeiro-ministro desde 2020, expressou alívio pelo desfecho do incidente. Em uma publicação no X, antigo Twitter, ele agradeceu à polícia: “Gostaria de agradecer sinceramente aos policiais militares que agiram tão eficientemente esta manhã. Aliviado que ninguém ficou ferido no incidente da faca. O homem foi preso e estamos monitorando de perto a situação com a polícia”.

Violência política em alta

O caso envolvendo De Croo não é isolado. Nos últimos meses, uma série de ataques e tentativas de assassinato contra líderes políticos tem chamado a atenção internacional.

Em maio de 2024, o primeiro-ministro eslovaco Robert Fico foi baleado e levado de helicóptero ao hospital. O autor do ataque, Juraj Cintula, foi acusado de tentativa de homicídio e declarou que suas ações foram motivadas por discordâncias políticas.

Outro incidente marcante ocorreu em abril, no Japão, quando Ryuji Kimura, de 24 anos, lançou uma bomba caseira contra o primeiro-ministro Fumio Kishida durante um evento público. Kishida saiu ileso, mas duas pessoas ficaram feridas.

Já em outubro, no Oriente Médio, a residência do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu foi alvo de um ataque de drones em Cesareia. Embora não houvesse vítimas, o caso aumentou as preocupações com a segurança em um momento de tensões geopolíticas na região.

Nos Estados Unidos, o presidente eleito Donald Trump sobreviveu a duas tentativas de assassinato em 2023: um tiroteio na Pensilvânia e outra investida na Flórida.

Cenário político na Bélgica

Alexander De Croo, membro do partido Open Flemish Liberals and Democrats, renunciou ao cargo de primeiro-ministro em julho de 2024, após seu partido ser derrotado nas eleições gerais. No entanto, ele continua no posto de maneira interina até que uma nova coalizão seja formada, o que provavelmente resultará em um governo liderado pela direita New Flemish Alliance.

Especialistas alertam que o aumento da violência contra líderes políticos pode indicar uma mudança cultural motivada por crescentes tensões sociopolíticas. Casos como o de De Croo destacam a necessidade de aprimorar as estratégias de segurança para autoridades em todo o mundo.

A polícia de Bruxelas continua investigando o caso para determinar as motivações do agressor e avaliar se o ataque estava ligado a fatores políticos ou pessoais.

A

A

A REFERÊNCIA

Portal Membro desde 23/12/2021

Segmento: Notícias

Premiações: Prêmio Portal do Ano 2023

 





A

A

    

Líderes de China e Coreia do Norte projetam nova era de cooperação com a Rússia

Xi Jinping e Kim Jong-un enviaram mensagens de Ano Novo a Putin, com Kim apoiando a vitória russa na guerra

Em mensagens de Ano Novo enviadas ao presidente russo Vladimir Putin, o presidente da China, Xi Jinping, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, reafirmaram sua intenção de fortalecer os laços estratégicos e políticos com a Rússia, sinalizando um alinhamento crescente entre os três países em um cenário internacional marcado por tensões geopolíticas. As informações são da Reuters.

Xi Jinping destacou a disposição da China em manter “intercâmbios próximos” com Putin, reforçando a importância de consolidar a cooperação entre as duas nações. O líder chinês enfatizou que a parceria é baseada em princípios de não aliança, não confrontação e em ações que não têm como alvo terceiros, reforçando a visão de uma amizade duradoura e mutuamente benéfica. Sob sua liderança, afirmou, a confiança política e a coordenação estratégica entre os dois países alcançaram novos patamares.

Do lado norte-coreano, Kim Jong-un classificou o último ano como uma “jornada significativa” para o fortalecimento das relações com Moscou, afirmando que as tradicionais conexões amigáveis evoluíram para uma parceria estratégica robusta. Durante duas reuniões com Putin em 2024, Kim firmou um acordo que inclui apoio militar mútuo em caso de agressões externas, consolidando ainda mais os laços entre Pyongyang e Moscou.

Em sua mensagem, Kim expressou apoio explícito aos esforços da Rússia no conflito com a Ucrânia, que se estende desde fevereiro de 2022. O líder norte-coreano declarou esperar que 2025 seja lembrado como o ano em que a Rússia alcance uma “grande vitória” contra o que chamou de “neonazismo”, numa clara referência às justificativas russas para o conflito.

As mensagens de Xi e Kim refletem a crescente convergência entre China, Coreia do Norte e Rússia, um movimento que tem despertado preocupações no Ocidente. Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) acusaram Pyongyang de enviar tropas para apoiar as forças russas na guerra contra a Ucrânia, alegações que não foram confirmadas nem desmentidas por Moscou ou Pyongyang.

Com a Rússia isolada pelas sanções ocidentais e o avanço de novas alianças no Indo-Pacífico, a aproximação entre esses três países sinaliza um novo equilíbrio de forças no cenário global. Especialistas avaliam que essa parceria pode influenciar profundamente questões como segurança internacional, relações comerciais e o futuro das tensões geopolíticas entre Oriente e Ocidente.

A

A

A REFERÊNCIA

Portal Membro desde 23/12/2021

Segmento: Notícias

Premiações: Prêmio Portal do Ano 2023

 




 

A

A

    

Rússia responsabiliza Ocidente pela interrupção no fornecimento de gás para a Europa

Moscou culpou os EUA, autoridades europeias e a Ucrânia pela interrupção do fornecimento de gás para a Europa, após o fim do acordo de trânsito via território ucraniano

Nesta quinta-feira (2), a Rússia culpou o Ocidente, especialmente os Estados Unidos, algumas autoridades europeias e o governo de Kiev, pela interrupção no fornecimento de gás russo para a Europa via Ucrânia. A crise foi desencadeada com o fim do acordo de cinco anos entre Moscou e Kiev sobre o trânsito de gás russo pelo território ucraniano, que expirou na quarta-feira (1º). As informações são da France24.

A Ucrânia recusou-se a renovar o contrato devido à guerra em curso entre os dois países, iniciada em 24 de fevereiro de 2022. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, justificou a decisão afirmando que não permitiria que Moscou “lucrasse bilhões a mais” em meio ao conflito.

Do lado russo, o presidente Vladimir Putin, em declaração no início de dezembro, afirmou que o acordo de trânsito de gás era “coisa do passado”. Apesar disso, garantiu que a gigante energética russa Gazprom continuaria operando após o término do contrato.

Em comunicado oficial, Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, declarou que a Ucrânia tomou a decisão de não renovar o acordo, mesmo com a Gazprom cumprindo suas obrigações contratuais. Segundo Zakharova, a interrupção no fornecimento de gás impacta negativamente a economia europeia e a qualidade de vida dos cidadãos da região.

Zakharova argumentou que a decisão ucraniana tem motivação geopolítica, beneficiando os Estados Unidos, que seriam os “principais ganhadores da redistribuição do mercado de energia na Europa”. Ela também apontou os EUA como os “principais patrocinadores da crise ucraniana”.

A porta-voz ressaltou que a Alemanha foi um dos primeiros países a sentir os efeitos dessa situação, enfrentando preços mais altos no gás natural após as explosões no gasoduto Nord Stream em setembro de 2022. De acordo com ela, o aumento dos custos levou à paralisação de indústrias históricas no país. Outros países da União Europeia (UE), anteriormente considerados prósperos e autossuficientes, também estariam enfrentando dificuldades semelhantes.

Com a interrupção no fornecimento, a dependência europeia de fontes alternativas de energia, como o gás natural liquefeito dos Estados Unidos, deve aumentar. Analistas indicam que a crise pode aprofundar o impacto econômico e energético na região, forçando governos a adotarem medidas de emergência e a explorarem alternativas sustentáveis a longo prazo.

A

A

A REFERÊNCIA

Portal Membro desde 23/12/2021

Segmento: Notícias

Premiações: Prêmio Portal do Ano 2023

 




A

A

    

2025 será o Ano do Defensor da Pátria, anuncia Putin

Em discurso, o chefe do Kremlin destacou a resiliência do país, projetou confiança no futuro e pediu união nacional

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na terça-feira (31), durante seu tradicional discurso de fim de ano, que 2025 será oficialmente reconhecido como o Ano do Defensor da Pátria na Rússia. A declaração, feita em tom solene e transmitida nas regiões orientais de Kamchatka e Chukotka, destacou o simbolismo da medida em homenagem aos militares russos e aos 80 anos da Grande Vitória na Segunda Guerra Mundial. As informações foram divulgadas pelo Kremlin.

“Em homenagem a eles, ao 80º aniversário da Grande Vitória e como um tributo à memória de nossos antepassados que lutaram pela Pátria em todos os momentos, 2025 foi declarado o Ano do Defensor da Pátria na Rússia”, afirmou Putin, reforçando a importância histórica de preservar a memória e os valores que, segundo ele, moldaram a nação.

Durante o discurso, Putin ressaltou que o próximo ano marca também o fim do primeiro quarto do século XXI, um período que, segundo o líder, foi marcado por eventos históricos de grande escala. Ele destacou o que considerou realizações significativas da Rússia nos últimos 25 anos, enfatizando o esforço nacional para enfrentar desafios complexos.

“Temos muito a decidir, mas podemos nos orgulhar do que já conquistamos. Este é nosso legado comum, uma base sólida para um futuro promissor. Nosso país – independente, livre e forte – conseguiu responder aos desafios mais difíceis”, declarou o presidente.

O discurso de Putin também trouxe uma mensagem otimista e de unidade, projetando confiança no futuro. “Estamos olhando para frente com confiança. Sabemos que tudo ficará bem e que continuaremos avançando”, afirmou, antes de desejar prosperidade e bem-estar ao povo russo. Ele concluiu com um apelo à união nacional: “Quando estivermos juntos, tudo se tornará realidade!”

A declaração sobre 2025 como o Ano do Defensor da Pátria reflete a contínua ênfase do Kremlin em valores patrióticos e no fortalecimento da identidade nacional. Analistas avaliam que a medida reforça a narrativa de resiliência e protagonismo internacional defendida pelo governo russo, especialmente em um contexto global de incertezas e tensões geopolíticas.

A

A

A REFERÊNCIA

Portal Membro desde 23/12/2021

Segmento: Notícias

Premiações: Prêmio Portal do Ano 2023

 




A

A

O presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, durante declaração à Imprensa em Moscou (Foto: Alan Santos/PR/Agência Brasil)
    

Mensagens de Ano Novo de Putin reafirmam parcerias estratégicas; Brasil foi incluído

O presidente russo enviou saudações aos líderes de diversos países, incluindo os chefes de Estado e de governo da Coreia do Norte, China, Venezuela, Mianmar e Hungria

O presidente da RússiaVladimir Putin, enviou saudações de Ano Novo aos líderes globais, reforçando os laços diplomáticos com países-chave em diversas partes do mundo. Em um comunicado divulgado pelo Kremlin nesta segunda-feira (30), foi anunciado que Putin estendeu suas felicitações a chefes de Estado e de governo de nações como BrasilChinaVenezuelaMianmarCoreia do Norte, Sérvia, África do Sul, Turquia e Uzbequistão.

Além disso, os primeiros-ministros da Armênia, Etiópia, Hungria e Índia também receberam as mensagens de boas festas.

As saudações de Putin também se estenderam a ex-líderes internacionais, como o ex-chanceler alemão Gerhard Schroeder, uma demonstração do compromisso contínuo da Rússia com suas parcerias históricas.

A troca de mensagens de Ano Novo reflete a estratégia da Rússia de manter relações estreitas com uma rede de países que desempenham um papel importante em sua política externa, especialmente à medida que o cenário global se torna cada vez mais complexo. As felicitações enviadas por Putin não se limitam apenas aos países aliados, mas incluem nações com as quais a Rússia busca expandir sua influência no cenário internacional.

O gesto também pode ser interpretado como uma reafirmação da posição de Putin em relação a várias questões globais, incluindo segurança, economia e diplomacia, que permanecem em pauta em muitas dessas nações. A Rússia tem enfrentado desafios diplomáticos e econômicos nos últimos anos por conta da guerra na Ucrânia.

A

A

A REFERÊNCIA

Portal Membro desde 23/12/2021

Segmento: Notícias

Premiações: Prêmio Portal do Ano 2023

 




A

A


    

Zelensky pede à China que intervenha contra envolvimento norte-coreano na guerra

Presidente ucraniano afirmou que, se Beijing realmente estiver comprometida com a paz, deve exercer pressão sobre Pyongyang, destacando as perdas sofridas pelos norte-coreanos na guerra entre Rússia e Ucrânia


O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez um apelo direto à China na sexta-feira (27), solicitando que Beijing exerça influência sobre a Coreia do Norte, em meio a indícios de que militares norte-coreanos estejam se unindo às forças russas na guerra na Ucrânia. Durante um discurso transmitido no X, antigo Twitter, Zelensky destacou a importância de Beijing em conter a escalada do conflito e proteger vidas, tanto na Europa quanto na Ásia. As informações são do Kyiv Independent.

“A nação coreana não deve perder seu povo nas batalhas na Europa. E isso pode ser influenciado, particularmente pelos vizinhos da Coreia, especialmente a China”, afirmou Zelensky.

Ele destacou que, se a China realmente acredita em suas declarações sobre a necessidade de evitar a intensificação da guerra, deve “exercer pressão apropriada sobre Pyongyang”.

As declarações do líder ucraniano foram feitas após uma reunião do Estado-Maior do Comandante-em-Chefe Supremo, na qual foram avaliados os combates mais recentes. Zelensky classificou as áreas de Donetsk, Zaporizhzhia, Kherson e Kharkiv como as mais intensamente afetadas pelos conflitos. No entanto, ele chamou a atenção para a crescente participação de combatentes norte-coreanos na região russa de Kursk.

Presença norte-coreana gera preocupações

Zelenskyy detalhou a situação alarmante envolvendo soldados norte-coreanos supostamente recrutados para lutar ao lado das tropas russas. “Eles têm muitas perdas. Muitas. E podemos ver que os militares russos e os agentes norte-coreanos não têm interesse algum na sobrevivência desses coreanos. Tudo está organizado de uma forma que torna impossível para nós capturar os coreanos como prisioneiros – seu próprio povo os está executando, há casos assim”, denunciou.

A Ucrânia já capturou alguns combatentes norte-coreanos feridos, embora não tenha conseguido salvar suas vidas. Segundo Zelensky, esses episódios demonstram “uma das manifestações da loucura da qual as ditaduras são capazes”.

Tropas de elite

De acordo com os serviços de inteligência sul-coreanos e ucranianos, muitas das tropas enviadas pertencem ao Storm Corps, uma unidade de elite do 11º Corpo de Pyongyang. Esses soldados são treinados em infiltração, sabotagem e assassinatos, demonstrando o nível de comprometimento do regime norte-coreano com a campanha russa.

Zelensky alertou que a colaboração militar entre Rússia e Coreia do Norte representa uma ameaça crescente não apenas para a Ucrânia, mas também para a estabilidade da península coreana e da ordem global. Segundo ele, mais de 3.000 soldados norte-coreanos já morreram ou ficaram feridos em combates, um número que evidencia o custo humano dessa aliança.

O papel da China no equilíbrio geopolítico

Beijing, que historicamente mantém relações próximas com Pyongyang, tem sido vista como uma potencial força moderadora nas tensões internacionais. No entanto, ainda não há sinais claros de que a China esteja disposta a pressionar a Coreia do Norte em relação à sua participação indireta na guerra da Ucrânia.

A

A

A REFERÊNCIA

Portal Membro desde 23/12/2021

Segmento: Notícias

Premiações: Prêmio Portal do Ano 2023

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

SAÚDE

COTIDIANO