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Clima: A transformação virá da Agroecologia

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  A A      Clima: A transformação virá da Agroecologia Paulo Petersen, enviado especial à COP, propõe pautar agricultura familiar como solução viável à crise climática. Para ele, modelo que emerge dos territórios inova, ao romper a dependência e subordinação ao agroextrativismo Paulo Petersen  em entrevista a  Daniel Lamir , no  Brasil de Fato Em meio aos debates do  13º Congresso Brasileiro de Agroecologia  (CBA), realizado em Juazeiro (BA), o agrônomo Paulo Petersen, coordenador executivo da AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia, e membro da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), falou ao  Brasil de Fato  sobre sua atuação como Enviado Especial da Agricultura Familiar para a  COP 30 , que acontecerá em Belém (PA), em 2025. Na entrevista, Petersen analisa o cenário de  disputas políticas e econômicas  que marcam as negociações climáticas, destacando o ...

Quem pagará a conta da crise climática?

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  A A      Quem pagará a conta da crise climática? Ação predatória de grandes corporações desestabiliza o clima no Sul Global. Mas quem vai responsabilizá-las? No Paquistão, surge uma notável iniciativa: camponeses afetados por enchentes processam empresas alemãs, exigindo indenização milionária Por  Karin Zennig , da  medico international No verão de 2022, chuvas extremas sem precedentes deixaram um terço do Paquistão quase totalmente inundado por meses. Uma área equivalente a dois terços da Alemanha. Não foram destruídas apenas casas, estradas e escolas. Cerca de 1.700 pessoas perderam a vida. 33 milhões de pessoas foram deslocadas e privadas de seus meios de subsistência devido à contaminação das águas subterrâneas e do solo. Na província agrícola de Sindh, as massas de água arruinaram as colheitas de mais de um ano. O gado que não morreu nas enchentes morreu em grande parte devido à subsequente falta de alimentos e água potável. Os danos imediatos ...

Segurança Pública: O que fazer

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  A A      Segurança Pública: O que fazer Após ação brutal no Rio, direita busca explorar eleitoralmente o medo e colocá-lo no centro da agenda brasileira. Governo hesita. Mas alternativas, concretas e já testadas em diversos pontos do mundo, pode refundar a Segurança e as Polícias Título original:  O que fazer O controle territorial por grupos armados no Rio de Janeiro submete a população residente nessas áreas a um domínio tirânico e a toda sorte de abusos, incluindo a cobrança de taxas por bens e serviços e interdições ao exercício de direitos básicos. Trata-se, portanto, não apenas de um sério problema de segurança pública como de uma forma de negar aos mais pobres o respeito e a condição plena de cidadania. Esse controle territorial armado é exercido por dois tipos de organizações criminosas: as fações criminais e as milícias. Durante o governo Cláudio Castro, as facções e as milícias expandiram seus territórios, sendo que as milícias mais que dobraram...

Segurança: o medo como projeto político

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  A A      Segurança: o  medo  como projeto político Quando ele vinga, não é preciso oferecer um futuro; basta prometer proteção contra um presente caótico. O político se apresenta como um escudo, não como alternativa. O voto se reduz a um gesto de autopreservação, marcando o triunfo da política como reflexo condicionado O medo é o principal ativo político da extrema direita e o motor da distinção que Carl Schmitt, o jurista artífice do nazismo, definiu como fundadora da política: a separação entre amigo e inimigo. Longe de ser um mero subproduto da crise, o medo é um deliberado instrumento de governo. Onde o Estado se retira das garantias sociais, ele preenche o vácuo, oferecendo um inimigo no lugar de um direito. É a emoção que substitui o debate e converte a insegurança cotidiana em poder. De fato, com a ascensão das campanhas digitais, essa lógica schmittiana foi levada à sua máxima potência. A função da retórica do medo não é convencer através do ...